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segunda-feira, 26 de março de 2012

De Porto Alegre para o Mundo: é a cidade que escolhi para viver

(Escrevi este texto em maio de 2011 (http://bit.ly/GQFCsE )  e o reproduzo aqui, em homenagem ao aniversário de Porto Alegre).

Porto sempre alegre.
Porto Alegre, a cidade que carrego no coração.
PORTO ALEGRE!!
Eis a cidade que escolhi para viver, para que meus filhos nascessem, crescessem... e que também aprenderam a amar e, como eles mesmo dizem: daqui não sairemos.
Porto Alegre tem algo mágico no ar.
Tem inverno e verão. Tem outono e primavera. Assim, bem marcadas as estações.
Cada estação tem seu tempo e se mostra como tal.
No inverno aqui faz muito frio. À noite, não é raro baixar para temperaturas negativas. Por vezes é tão frio que flocos de neve ensaiam cair também aqui em Porto Alegre.
È a estação em que as pessoas ficam mais lindas, segundo alguns especialistas de moda. É a época dos edredons... aconchego, chocolate quente, quentão, pinhão, amendoim, vinho...
E o verão? nada que não mereça ser chamada de "Forno Alegre"
é um contraste entre uma estação e outra, pois no verão, ao sol, a temperatura se aproxima de 40º.
É muito quente mesmo. Por sorte é período de férias, época em que, a maioria dos portoalegrenses se muda para a orla marítima.
Muitos dizem que é uma das melhores épocas de se viver aqui, pois as ruas não engarrafam, não existe aquele montão diário de pessoas a transitar por todos os locais públicos, facilitando em muitas coisas.
Na primavera as ruas se enfeitam de coloridos mil... há flores por todos os lados. Aromas e cores estão presentes, quando setembro chega.
Ah! O outono... o outono traz as manhãs de sol, os mais lindos por-de-sóis à beira do Guaíba (É um estuário? é um rio?).
Traz a temperatura agradável, carregada com um frescor, que indica a chegada do inverno para logo mais. As temperaturas de outono são especiais para um passeio ao final do dia, para um café com amigos, para um vinho muito bem acompanhados ...
Dizem que na primavera o amor está no ar.
Sabemos que sim, mas.. é que os cientistas não vieram a Porto Alegre para fazer uma pesquisa dessas no outono.
Quem resiste a um espresso com um petit gateau, ao cair da tarde?
Ah! E não esqueçam de pedir um espresso com graspa (grapa, para alguns). Delícia pura!
E quem resiste a um vinho a dois?
Um bom vinho tinto (meu preferido sempre) faz mágicas.

Falei das estações, mas aqui tem muito mais.
Cinema, teatro, shows, gente bonita, alegre, universidades excelentes, ótimas empresas para se trabalhar, praias de mar a pouco mais de uma hora de viagem, tem a Serra Gaúcha, também, a pouco mais de uma hora de viagem ... tem gente que faz, gente que labuta dia a dia, batalhando por um mundo melhor...

Porto Alegre, foi a cidade que escolhi para viver.
Porto Alegre merece a visita de quem ainda não a conhece.

"Porto Alegre é que tem um jeito legal..."
Porto Alegre é cantada em verso e prosa.
Não é a toa que Kleiton e Kledir cantam:
"Deu pra ti, baixo astral! Vou pra Porto Alegre, tchau!"

domingo, 25 de março de 2012

Duas ferramentas para saber se alguém está plagiando seus conteúdos

Plágio, em russo, significa "cinco compassos", isto é, qualquer música que tenha 5 compassos iguais a outra, indica que houve cópia, portanto, plágio.

Aqui apresento duas ferramentas que permitem identificar se alguém andou plagiando seu conteúdo.
Os mesmo foram retirados do site http://officeweb.paulomoraes.net/

Hoje, infelizmente, é grande o número de internautas que copiam conteúdo de nossos canais sem ao menos dar a devida referência  ou mesmo citar o nome do Autor.
O Copyscape é uma ferramenta ótima para resolver esse problema, basta informar o link do seu blog/site que o sistema analisará quais canais na web estão gerando plágio do seu conteúdo. O sistema exibe a porcentagem de clonagem e deixa em evidência a área possivelmente clonada.
Para utilizar o serviço basta acessar o www.copyscape.com e informar o canal que deseja analisar.



Obs: O Sistema fornece a versão gratuíta e a versão pró, sendo que a versão free é limitada e busca apenas 10 links, já na versão profissional é permitida consulta de acordo com os créditos inseridos, contando ainda com outros recursos.
Utilizo a versão pró, a qual podemos definir o valor do crédito (mínimo $ 10,00) , com direito a 200 consultas e prazo de inspiração de 1 ano; acredito que é válido o custo/benefício.

Esta é uma eficaz ferramenta para verificar a originalidade de um trabalho escolar e acadêmico, uma atividade extremamente necessária nos tempos atuais, pois, infelizmente muitos estudantes adotam a cultura de copiar trabalhos disponíveis na internet na hora de apresentá-los, dificultando, em muito, a vida dos professores, que além de dedicar tempo especial para analisar estas atividades, necessitam desperdiçar tempo extra realizando uma profunda pesquisa pela rede mundial de computadores  a fim de  constatar a veracidade do trabalho em questão.
Com esta ferramenta a metodologia  ficará bem mais fácil, bastando informar o conteúdo  desejado para que o sistema procure e informe se há algo  parecido, exibindo a porcentagem de plágio existente no material em questão.


Cadastro e utilização:
Cadastro:

Acesse o site: http://approbo.citilab.eu/
Faça o cadastro, informando nome de usuário e senha;
Confirme a mensagem recebida em sua conta de e-mail;

Utilização
- Clique em “Analizar“;
-Em “Elige el documento” informe o arquivo que deseja pesquisar;
- Confirme o processo, clicando na opção “Analizar” desta mesma janela;
- Aguarde alguns instantes até que o sistema realize a procura, caso seja encontrada alguma coincidência, será exibido o número de documentos encontrados e seus respectivos conteúdos.
Veja um exemplo:


terça-feira, 20 de março de 2012

E eis que adentra o outono em nossas vidas


No Hemisfério Sul, às 02h14min, eis que chega a estação das cores douradas, alaranjadas,...
Ah! as cores... as cores de outono são mágicas...
Outono, a estação que prepara o coração para o aconchego, que o aquece e o prepara para a estação que está por vir...
É a estação da sedução mais velada, do (nem tão) ingênuo sorrir...
Outono, ocaso das estações.

Para comemorar a estação, que é, hoje, a minha preferida...

 
A todos um doce, leve e feliz outono,

Fala-se tanto em ciclovias... Zona | por João Antônio


“(...)
Zona

Vou pedalando. O sol queima a rua Itaboca, me dá firme na cabeça, os bondes comem os trilhos, é um barulhão que estremece até as casas; os trens da Sorocabana e da Santos-Jundiaí vão se repetindo lá em cima do viaduto da Alameda Nothmann, carregados e feios. Gente se pendura até nas portas. Vou pedalando. (...)
Lá do Largo do Coração de Jesus vêm chegando as batidas da igreja; toca também a sirena da fábrica de máquinas de costura aqui da rua José Paulino. Meio-dia, sol queimando. Sozinho no meio da rua, apenas deslizo, pedalando ao contrário, folgando o impulso da descidinha, gozando. (...) O vento quente me dando na cara, o sol me enxugando os cabelos, os olhos doem um pouco, acordei agorinha. Gostoso, pedalar. (...)
Sei lá por que gosto. Sei que gosto. Atravesso essas ruas de peito aberto, rasgando bairros inteirinhos, numa chispa, que vou largando tudo para trás – homens, casas, ruas. Esse vento na cara... Agora vou indo lá para o Pacaembu. Vou pegar a Nothmann, subir, desembocar direto na Barra Funda, ô puxada sentida! É me curvar sobre o guidão, teimar no pedal, enfiar a cara. Depois, ganho a avenida larga e, numa flechada, alcanço o estádio.
(...) Vou pedalando. Muito tranchã esta magra em que pedalo, camisa aberta, pondo o peito pra frente, o queixo quase-quase no guidão, fazendo curvas e fincando disparadas por estas ruas de São Paulo, tirando minhas finas entre postes e carros, avançando contra-mão, tirando as mãos do guidão e guiando só com os pés, na gostosura maior dessa vida... De quando em quando, me dando a fantasia de ir pelas ruas desertas, curvando sempre, de calçada a calçada, como se estivesse dançando uma valsa vienense... (...)
Termino a Alameda Nothmann, sigo o arrastado lerdo do bonde Barra Funda zunindo como abelha, vou tomar a descida longa agora, entrando de fina entre o bonde e o caminhão, deixando os dois para trás. Chispo. Saio do selim, me curvo, meto força no pedal da magrela. E trim-trim, já me sinto absoluto na rua. (...)
Agora, é chispar e firme. Que a volada dos autos na Avenida Pacaembu vai de enfiada, a setenta ou oitenta, por baixo, baixo. E quem hesita se estrepa. Corro também, na maluquice de todos, sempre juntinho ao meio-fio e olho firme, que uma porrada aqui na avenida costuma levar o freguês lá pra casa onde o diabo mora.
Rasgo dois-três quarteirões voando, ganho o largo, pego a esquerda, tiro uma fina depressinha entre o carrinho amarelo do sorveteiro e a ilha, já vejo o estádio com suas bandeiras, seus refletores, a imponência dos portões. (...)
A moça da auto-escola aparecerá hoje? Não havendo jogo no Pacaembu, este trecho de uns quatrocentos metros fica vazio, vaziinho. Os homens da auto-escola aproveitam para dar lições. Vem uma dona novinha aprendendo a guiar. Fico na minha perambulagem, embromo; fingindo voltas, indo e vindo, batida velha de quem não está querendo nada. O que me interessa é o namoro de olhos com a dona. Aquela é filha de bacanas, moça de seus bons tratos, enxuta, enxuta. Uma boneca, uma princesa, gata. Está claro que não posso pular em cima. É do partido alto e minha charla ali não dá pé. Depois, sempre o cara ao lado que é o instrutor... Mas nos namoramos com os olhos e se pego essa criança costuro toda de carinho.
Desisto de esperar, ir, voltar e campanar. Hoje ela não vem. Toco de volta para a zona. Tenho pressa.
Pacaembu, Barra Funda, Campos Elíseos, Bom Retiro. Vou pedalando. (...) ”

- ANTONIO, João. Paulinho Perna Torta. In: Leão-de-chácara. 8ª ed., São Paulo, Cosac & Naify, 2002, pp. 112-122.

Fonte: http://bit.ly/GAg6H8
Imagens: Internet via Google

domingo, 11 de março de 2012

Quais são os valores essenciais da vida? Por Orhan Pamuk



Quais são os valores essenciais da vida? O casamento? A amizade? A lealdade? As comunidades, os ideais, a política, a ética?
China, Índia, Brasil. Estes países se farão ouvir.

quarta-feira, 7 de março de 2012

E o que nós mulheres conquistamos? À luta, gurias!

Encontrei este artigo no Facebook do Adão Villaverde e gostei muito, por isso replico aqui no meu blog.
por Céli Regina Jardim Pinto*

Obrigada, merecemos realmente parabéns, pois, desde as sufragetes inglesas do início do século 20 até os dias de hoje, são muitas as vitórias das mulheres. Conquistamos o direito ao voto, o direito de nos educar e entrar nas universidades, de sermos cidadãs de primeira classe mesmo casadas, de não precisarmos de autorização de ninguém para viajar, trabalhar, ir e vir. Enfrentamos preconceitos, tivemos muitas vezes de provar que éramos tão competentes quanto os homens no trabalho, apesar de ganharmos menos. Para conseguirmos ser iguais, tivemos sempre de ser as melhores. Lutamos pelo direto a termos uma vida adulta independente e sexualmente satisfatória. Lutamos contra o tabu da virgindade, contra o machismo primário que nos definia segundo a vontade, o poder e interesses, muitas vezes, pouco confessáveis.

No Brasil conseguimos importantes vitórias, que se expressam em muitos momentos da história recente do país: na luta pela anistia ainda durante a ditadura; na criação do Conselho Nacional das Mulheres na década de 1980; nos projetos gestados no movimento feminista e levados até a constituinte e daí transformados em direitos na Constituição de 1988; na criação de delegacias de polícia especiais para cuidar da violência contra a mulher; na Lei Maria da Penha; na criação da Secretaria Especial de Política das Mulheres.

Mas o 8 de março não é só comemoração. Muitas de nossas vitórias se naturalizaram, isto é bom, mas ao mesmo tempo trazem um grande problema: as novas gerações de mulheres tendem a ver o feminismo como coisa do passado, sem se darem conta de que a vida que levam hoje seria impossível sem as lutas do feminismo ao longo do século 20. Os jovens hoje, mulheres e homens, correm o risco de perderem estas conquistas se não se derem conta de que são sempre conquistas, que antes não era assim. E conquistas têm de ser mantidas, revisitadas e garantidas.

Portanto, temos de continuar a lutar, não só para garantir os direitos já conquistados, mas porque existe muito a fazer: enquanto as mulheres continuarem a serem mortas, enquanto a prostituição infantil for um fato apenas relatado; enquanto houver trabalho escravo de mulheres, crianças e homens, continuaremos lutando. Enquanto houver preconceito contra as mulheres por sua cor ou orientação sexual, estaremos presentes. Estamos abertas para encarar de frente uma discussão madura sobre o aborto no país, longe do cinismo dos discursos eleitorais ou de uma triste moral de calças curtas. Não podemos permitir que nossos corpos, nossos sentimentos e nossos sofrimentos sejam alugados por credos religiosos, políticos ávidos de voto a qualquer preço ou por senhores vetustos às vezes de fichas não muito limpas. Há muita luta pela frente!

*CIENTISTA POLÍTICA, PROFESSORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) 


Esta música fala de mulheres também...