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domingo, 26 de março de 2017

O que eu escolhi fazer ao findar o DOUTORADO

QUANDO ACABA O DOUTORADO, FAZ-SE O QUÊ?
Bem, para muitos é o momento da libertação dos grilhões acadêmicos, é um momento de glória que deve ser curtido com o descanso merecido; quiçá com uma longa viagem. #sqn
Eu tive férias, ao acabar o Doutorado e decidi ficar com meus pais.
Creiam-me! Nunca trabalhei tanto, mas nada disso me cansava...cansava o corpo, mas este agradecia. O que me deixava triste, acabada mesmo, de chorar às escondidas, era ver o quanto meus pais estavam com a saúde debilitada. Eles tentavam, mas as dores acabavam com eles.
Para impedir que trabalhassem além do que podiam, eu tentava ir na frente. Acordava às 6:00, deitava quando era possível; às 3h, às 4h, ou nem dormia. Um dia, deitei quando sabia que acordariam, assim iriam pensar que eu havia dormido a noite toda.
Era a casa, era a roça, a horta, o pátio, o jardim, as árvores, os gatos, os frangos, os peixes, a Luna - amada cadelona... tudo tinha de receber a devida atenção. Eram eles, principalmente eles, meus pais.
Com tudo isso, nas férias de janeiro e fevereiro, voltei para ficar com eles, pois sabia o quanto precisavam de ajuda. Meu pai precisou fazer a cirurgia da catarata (aplicar colírio a cada 2 ou 3 horas, dependendo da fase); mamãe fez cateterismo e milhões de exames...
E a maior dor deles era ver que o trabalho de um ano estava prestes a ser perdido. Ok!
Então, eu estou aqui para isso!
Que aprendizado, gente! Aprendi a fazer suco de uva, a fazer chimia/marmelada de figos, a plantar, colher, bater feijão, cultivar uma horta e tanta coisa mais.
Meu pai, cada vez que me via fazendo algo mais difícil dizia:
- Foi para isto que tu fizeste doutorado?
Minha mãe queria que eu descansasse. Que eu ajudasse, mas não exagerasse, e emendava ela:
- Olha como estou! Isso é fruto de tanto trabalho, assim como estás querendo fazer agora.
Quando acabaram-se as férias, papai falou:
- Acabou o teu estágio de doutorado! :-) :-*
Amado pai <3 span="">
Amada mãe <3 span=""> Oly Rosalina Favero
E as palavras dele ainda ecoam em mim:
- Não acredito que já estou com 84 anos! Passou tão rápido... e tem tanta coisa, ainda para ser feita. :-(
Pois é! A vida é breve. Por isso, deixemos mazelas e mimimis não resolvidos de lado. "Abracemos nossos pais, enquanto eles ainda estão aqui". <3 span=""> <3 span="">
A vida é um "trem bala"!
Este foi o presente que me dei pelo DOUTORADO.
Só hoje falo disso, porque me era difícil falar antes.
O vídeo tem uns 15 minutos, mas conta uma história, ou melhor várias histórias de vida entrelaçadas. ;-) (y)
Tomara gostem! 
Ps.: Não foi possível carregar o vídeo, devido ao tamanho. Excedeu o limite, mas este pode ser visto aqui: http://migre.me/wjLAk