Já são quase seis milhões de estudantes matriculados nesse tipo de
curso. Flexibilidade de horário e preço mais em conta são atrativos.
A Sala de Emprego, de segunda-feira (28/07/2014) fala sobre o crescimento do
ensino a distância no Brasil. Em um ano houve um aumento de mais de 50%
nas matrículas desse tipo de curso. Segundo dados do Censo de 2012, são
quase seis milhões de estudantes matriculados em algum curso de
educação à distância.
Airton Lambert tem 53 anos e é formado em direito. Quando assumiu o
departamento de inglês em uma escola, ele sentiu falta de uma formação
mais específica e voltou para a faculdade para fazer pedagogia à
distância.
Carlos Longo, diretor da Associação Brasileira de Educação a
Distância, participou de uma conversa no site do JH e respondeu dúvidas
sobre o tema. Veja no vídeo ao lado a íntegra do bate-papo.
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Os vídeos das aulas do Airton são gravados em um estúdio da
universidade. Ele também tem acesso às apostilas, pode conversar por
email, na sala de bate-papo ou pelo telefone. “As dúvidas podem aparecer
em um momento que o professor não está online, mas ele é totalmente
acessível e esse canal está aberto. No momento da prova presencial, é o
único momento em que o aluno tem que se deslocar e ir até o pólo de
inscrição”, explica Daniela Bartolo, coordenadora do curso.
De acordo com uma pesquisa sobre educação à distância, que ouviu mais
de duas mil pessoas em 143 municípios, 79% aprovaram o ensino como
solução para levar educação a mais pessoas. Seis por cento fizeram um
curso à distância e desses, 17% já tinham uma faculdade.
A flexibilidade de horário e o preço mais em conta foram os principais
motivos para a escolha do curso. Foi justamente o conforto que atraiu
Airton. Estudando em casa, ele não precisa enfrentar o trânsito de São
Paulo. É o primeiro ano de faculdade, mas ele já vê resultados: “O
conhecimento que eu adquiri nessas aulas me ajudou bastante. Eu consegui
falar sobre alunos que têm transtorno global de desenvolvimento, como
realmente entender a dificuldade desses alunos em um curso regular,
então está sendo importante para mim”.
Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Ensino à Distância
mostra que os cursos mais procurados são os de pós-graduação (53%),
seguido dos de nível médio profissionalizante (32%) e os de graduação
(26%).
As áreas mais buscadas são ciências sociais e educação. As mulheres são
maioria nos cursos à distância (51%), metade dos estudantes tem entre
18 e 30 anos e 85% dizem conciliar o estudo com o trabalho.
(Fonte: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2014/07/matriculas-em-cursos-distancia-crescem-50-em-um-ano.html)