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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

DIALOGO SEM FINAL (Por Julio Conte)

Ler o que escreve Julio Conte, é sempre um incomensurável prazer.
Mesmo quando o texto não é tão alegre assim... ou quando, nem sequer tem fim.
É q o texto dele, a forma como coloca as palavras... é mágica... ele tem a fórmula mágica da construção de textos através de palavras beeeem encaixadas. O texto fica de uma singeleza ímpar.
Vejam por vocês mesmos, então!


‑ Quanto tempo eu levaria para deixar de te amar?
‑ O quê?
‑ Quanto tempo?
‑ Prá quê?
‑ Prá deixar de te amar...
‑ Nunca deixaria. Nunca conheci um homem como você.
‑ E eu nunca conheci uma mulher como você...
‑ Nunca.
‑ Nunca o quê?
‑ Nunca deixaria de te amar.
‑ Mesmo se casassemos como todo mundo.
‑ Como assim? Você pensa em ser atropelado pelo preço do leite?
‑ Eu penso em ser amassado, tragado, absorvido pelo comum.
- Pelo insuportável... 
- O que mais?
‑ Pelo mau humor, TPM, pelo mau hálito. 
- Você nem ao menos sabe se meus peidos fedem.
‑ Nem seu eu ronco de noite. 
- Ou se tenho insônia.
‑ Nada disso importa, temos algumas horas...
‑ É o suficiente para suportar uma vida de futilidade...
- Duas horas contigo...
- Eternas...
- ...
- ...
‑ Tenho que ir...
‑ A gente se vê...
‑ ...
‑ ...
‑ ...

Fonte: http://bit.ly/NuqPFA

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