"Fui literalmente perseguido por pistoleiros, mas não foi dessa vez! Não irei recuar, Não tombarei enquanto não ver todas as terras indígenas demarcadas"
Desde que me propôs a lutar pelos direitos de meu povo tenho acompanhado as constantes violências que as comunidades indígenas sofrem em Mato Grosso do Sul. Tenho acompanhado a situação do Povo Guarani, Kaiowá, Terena, Ofaié e Kadiwéu.
No último sábado puder sentir na pele a guerra instalada em Mato Grosso do Sul contra os índios de Mato Grosso do Sul.
Na qualidade de advogado da comunidade, desloquei-me até a área de conflito dos Kadiwéu, juntamente com o historiador Saulo Cassimiro, três lideranças Terena e uma liderança Kadiwéu. Na saída da área retomada, fomos literalmente perseguidos por homens armados (pistoleiros) que estavam em 6 caminhonetes. Na carroceria homens com armas de cano longo.
Como eu estava na direção, imediatamente manobrei o carro, no sentido de retornar para área onde estava o acampamento da comunidade Kadiwéu. Foram momentos assustadores vivenciado por mim e meus companheiros. Os pistoleiros só não nos alcançaram por conta das inúmeras porteiras das fazendas.
Esta é a realidade das comunidades indígenas, que ficam a mercê de pistoleiros contratados por fazendeiros. Em locais de difícil acesso e sem comunicação alguma. Quando isso aconteceu era por volta das 18:25 hs, conseguimos sair por uma estrada pela mata guiado pelos nossos patrícios Kadiwéu. Só fomos chegar no local onde pega celular as 4:00 hs da manhã.
Os fazendeiros por meio de suas milícias armadas impedem a passagem das pessoas nas estradas que cortam suas fazendas, colocando cadeados e pistoleiros. Transgridem o direito de passagem.
Instauram uma verdadeira terra sem lei!!
Situação como esta me impulsiona a cada vez mais lutar pelos direitos de meu Povo.
Juntamente com nossas lideranças e o movimento indígena, NÃO IREI RECUAR!!
Luiz Henrique Eloy Amado
Terena da Aldeia Ipegue
Advogado.
Fonte: http://on.fb.me/W4Bsqs
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