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domingo, 17 de abril de 2011

E Viva a Variação Linguística (Recebi do @hapoesia)

Recebi um carinho.. pois é... um carinho em forma de texto, de um amigo que conheci via Twitter. O Marcos Lima (no Facebook e no Twitter

O texto (que reproduzo abaixo) foi-me deixado no Facebook.
E viva as Redes Sociais!!

Este texto foi postado por Beleza Interior, no FB, que é mantida pelo Carpinejar.

Tem-se falado muito no #Twitter sobre as características regionais deste Brazilsão, dentre elas as variações linguísticas.
Por exemplo, eu escrevo muito usando o tu, te, ti... tão comum aqui no Rio Grande do Sul, enquanto muitos dos que sigo (e me seguem) falam você.
Uso muito outras expressões bem gaúchas (Bah! é a mais comum), e outras mais tipicamente portoalegrenses, como "capaz", "pior", "findi" ...

Gostei do texto, por isso o reproduzo aqui. Vejam!


Se no Rio Grande do Sul o "pior" é concordar, o "capaz" é negar, mostrar contrariedade e até desconfiança com a questão.

- Foi na festa do Paulo no sábado?
- Capaz!

No Brasil, emprega-se o capaz como sinônimo de apto, disposto, adequado. É exatamente o contrário aqui, provando nosso talento oposicionista. Revela um deboche, um "nada a ver". O capaz diz ao interlocutor que ele "viajou", "exagerou", "perdeu a noção da realidade".

(um indício do comportamento autossuficiente no estado: o dicionário mais procurado nas escolas era o de Celso Pedro Luft, um gaúcho, em vez do tradicional Aurélio)

Em caso de ofensa com uma pergunta, o "capaz" é antecedido pelo "bem", resultando num cômico trenzinho de vogais:

- Está namorando o Paulo?
- Beeem capaaaz!

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